quinta-feira, 30 de junho de 2016


Os terceiros molares, populares sisos, normalmente, surgem na boca entre 16 e 27 anos e muitas vezes surgem mal posicionados, ficam inclusos (dentro do osso) ou semi inclusos (apenas parte do dente aparece na boca). Estas más posições ocorrem devido a falta de espaço nos maxilares, que por uma questão de evolução da espécie, estão cada vez menores, principalmente, ao fato da dieta humana estar cada vez menos resistente e mais pastosa.
Através do raio X o cirurgião dentista identifica a necessidade, ou não, de extração do terceiro molar, e o momento certo para realizar a cirurgia. Em alguns casos é necessário outros exames complementares como a tomografia, que esclarece melhor a posição espacial do dente nos maxilares e sua relação com estruturas nobres, como nervos ou outras estruturas anatômicas.

Além de motivos ortodônticos, os terceiros molares devem ser removidos pois podem provocar reabsorções nos dentes vizinhos, pericoronarites (inflamação local, com fortes dores, que ocorre devido ao acúmulo de placa devido a dificuldade de higienização), cistos, tumores, dificuldades de abrir a boca e mastigar, o que pode afetar até mesmo a saúde geral do paciente devido a má alimentação.

“E porque remover se não dói e não tem nada?”
Muitas complicações do siso ocorrem de maneira assintomática e quando apresentam sintomas como a dor já estão em estágio mais avançado. Por isso o exames devem ser realizados e após este estudo minucioso definir o melhor tratamento, extração ou não deste dente e o momento mais adequado para realizar a cirurgia.

“A cirurgia é muito arriscada?”
Esta é uma questão delicada, pois irá depender da posição espacial do dente nos maxilares e sua relação com estruturas nobres da face, como nervos, seio maxilar, etc.
Normalmente é realizada no consultório, com anestesia local e o paciente esta totalmente recuperado após sete ou dez dias, porém já pode voltar a suas atividades habituais em a partir do segundo ou terceiro dia. Porém devemos salientar que estes são fatores variáveis e você deve questioná-los ao seu cirurgião dentista antes e após a cirurgia.
Apesar da Associação Americana de Cirurgiões Orais e Maxilo-Faciais estimar que 85% dos terceiros Eolares, eventualmente, precisam ser extraídos. Existem alguns casos em que estes elementos estão erupcionados e em posição favorável a higienização e mordida e consequentemente não precisam ser extraídos.

Um correto diagnóstico clínico e com suporte de imagens radiográficas e tomográficas é fundamental para se realizar uma cirurgia com segurança. Sem este estudo prévio é uma "caixinha de surpresas".


Nenhum comentário:

Postar um comentário